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Final de Seca

Juliana Spanevello

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Pras bandas do poente
Ergueu-se uma barra
Calou-se a cigarra
Assim de repente
E um som diferente
Ponteou de guitarra,
E um som diferente
Ponteou de guitarra

Lá longe, bem longe
Faísca e troveja
Silêncio de igreja
Com ecos de bronze
Nas preces do monge
No amém do assim seja
Nas preces do monge
No amém do assim seja

(Tropeando a lonjura,
O tempo que berra
Farejo mais serra
Que o vento procura
E a chuva madura
Traz cheiro de terra
E a chuva madura
Traz cheiro de terra...

O tempo desaba,
O mundo se adoça
Na água que empoça,
Mais mansa ou mais braba
A seca se acaba,
E tudo remoça
A seca se acaba,
E tudo remoça)

Nas almas sedentas
Não é diferente
As barras do poente
Que se erguem violentas
Depois das tormentas,
Acalmam a gente
Depois das tormentas,
Acalmam a gente

Se as safras perdidas
Tivessem gargantas
Podiam ser santas
Das searas da vida
São tão parecidas
As almas e as plantas
São tão parecidas
As almas e as plantas

(Tropeando a lonjura,
O tempo que berra
Farejo mais serra
Que o vento procura
E a chuva madura
Traz cheiro de terra
E a chuva madura
Traz cheiro de terra

O tempo desaba,
O mundo se adoça
Na água que empoça,
Mais mansa ou mais braba
A seca se acaba,
E tudo remoça
A seca se acaba,
E tudo remoça...)

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