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Acalanto da Saudade

Chico Saratt

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Num pátio simples de chão batido
A minha infancia ficou no tempo
Na casa pobre onde eu fazia
Quinquilharias para brincar

Num violãozinho de quatro cordas
Que eu dedilhava pro sabiá
E numa cordeona desafinada
Única herança dos ancestrais

Na sombra fresca de uma parreira
Todos os domingos, ainda me lembro
Ligava o rádio em ondas curtas
E começava a acompanhar
Milongas, valsas, xotes, rancheiras
Mas me agradavam os chamamés
Sonhava um dia em poder também
No mesmo rádio me ouvir cantar

E é por isso que hoje eu canto
Este chamamé, acalanto da saudade do Itacheré
Hoje em cordas afinadas, já não mais guri
// Vou levando a vida e ganhando dela o que eu pedi //

Meu canto é simples, vem da fronteira
Tem na lembrança algum Sapucai
Traz na saudade o cantar dos galos
E as correntezas do Uruguai
Não tem porteiras pelo caminho
Só nostalgias de um tempo atrás
Onde eu deixava num violãozinho
O sonho antigo de só cantar

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