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Meu Protesto

César Oliveira, Lúcio Yanel e Rogério Villagran

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Neste compasso "sureño" sinto o alvoroço da terra
Ensaio um grito de guerra pra defender o que tenho
A ser "machaço" me empenho sem jamais perder o embalo
Muitos condenam o que falo, mas muitos enxergam verdade
Porque respeito e hombridade só os buenos tem por regalo

Parece que o nosso mundo a cada dia que passa
Tranqueia rumo à desgraça morrendo a cada segundo
Desnorteado me confundo mesmo assim não faço alarde
Mas vendo que o sol se encarde sinto minha alma irrequieta
Pois confissões de um profeta não são falas de um covarde

Meu pensamento é distinto, não temo porque não devo
Peço perdão se me atrevo, falo a verdade, não minto
Pra vos dizer o que sinto me agarro à guitarra e canto
E aqui no mais me levanto e escancaro meu protesto
Porque a arrogância do resto a mim já não causa espanto

Vejo meu povo sofrido judiado por quem investe
Em crimes, trampas e pestes, num descontrole atrevido
Vejo meu povo perdido, sem saída, desnorteado
Num planeta devastado pela gana dos malditos
Que gostam de ouvir os gritos dos tauras sacrificados

Perdoem o atrevimento deste humilde versejador
Que de esporar e tirador changueia o próprio sustento
Meu canto não é um lamento pois pra isto não me presto
Mas traz num jeito modesto as ansiedades de um povo
Que sonha com um mundo novo sem precisar de protesto!

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