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Alma do Ferreirinha

Zilo e Zalo

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Eu parei na invernada da fazenda Água Fria.
Pra descansar a boiada até o raiar do dia.
Os peões da comitiva que nesta tarde folgava.
Foram todos pra cidade comprar o que precisava.
Eu deitei na minha rede procurando descansar.
Mais nesta hora pensei que o mundo ia desabar.

Uma briga de cachorro assustou a zebusada.
Eu fiquei desnorteado vendo o estouro da boiada.
Mais naquilo eu avistei um campeiro na invernada.
Estalando seu chicote e gritando com a boiada.
Ele reuniu o meu gado sem perder uma só rês.
Serviço de seis peões ele sozinho me fez.

Puxei daminha carteira pra pagar o bom campeiro.
Mais por nada deste mundo ele quis o meu dinheiro.
Sorrindo muito contente me disse o bom cavaleiro.
Não me esqueci que você foi meu melhor companheiro.
Suas costas meu amigo ainda deve estar gelada.
Do dia em que me levou pra derradeiramorada.

Dizendo essas palavras o misterioso peão.
Riscou o potro na espora e partiu acenando a mão.
Por incrível que pareça eu não perdi minha calma.
Lá mesmo acendi uma vela e rezei pra sua alma.
Aquela noite eu dormi feliz a noite inteirinha.
Sonhando com as proezas do saudoso Ferreirinha.

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