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Um Rio no Tempo

Zebeto Corrêa

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Nas horas mortas do dia
Levo a vida, sem pressa
Conforme um rio no tempo
Que navegando às avessas
Seguisse da foz à fonte
Lá onde tudo começa

Partindo de algum futuro
Ficcional e distante
O tempo volta os ponteiros
De seu relógio elegante
Séculos se dissipando
Milênios virando instantes
O ciclo do plenilúnio
Retrocedendo ao minguante

Partindo do oceano
Com destino às corredeiras
Seguindo o curso dos peixes
Galgando as cordilheiras
Faço crescer as águas
Que correm pelas ribeiras
Buscando o último sono
No colo da cabeceira

O ancião que não fui
Em busca da mocidade
Contracorrente, reflui
Ao âmago da eternidade
Olha eu de novo solteiro
Pleno de sonhos e planos
Belo e feliz hospedeiro
Na casa dos vinte anos

Como um rio no tempo
Funcionando às avessas
Seguindo da foz à fonte
Lá onde tudo começa
Nas horas mortas do dia
Levo a vida sem pressa

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