Letras Web

A Peleja de Zé Limeira No Final do Segundo Milênio

Zé Ramalho

76 acessos

Quando o leite de aveloz
Pingou célere no olho da serpente
As garras da semente se aprofundaram em mim
Velhos pergaminhos, hieróglifos, cometas
A tumba ardente de salomão
Confundem meus cabelos com os de sansão
Eu quebrei o selo da real dinastia
Dos que lutam com as pedras na mão
Descendente da estirpe maloqueira
Do maldito rei Ricardo coração de leão
Na távola quadrada o pentágono
Tomou sua última decisão
Acharam gozação o fato
De Colombo ser mais famoso que eles
Atiraram contra suas próprias cabeças
Enforcaram-se nas gravatas
Puseram fogo nos cabelos
Enquanto na casa branca
Clinton abusava da vedete
Cantando um rock desentoado
E mascando chiclete
Enquanto aqui no congresso
Apagavam dados comprometedores
De um escandaloso disquete
As mesmas criaturas alienígenas
Me deram seu colar
E puseram-me no cesto
Sobre o leito do rio Jordão
É quando o uivo de uma loba
Me adverte: Rômulo
Meu remo se partiu na correnteza
Meu medo é uma casa portuguesa

E uma casa portuguesa com certeza
E com certeza uma casa portuguesa

Top Letras de Zé Ramalho

  1. Cidadão
  2. Garoto de Aluguel
  3. Jardim Das Acácias II
  4. Sinônimos
  5. Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores
  6. Mistérios da Meia-Noite
  7. Jardim Das Acácias
  8. Meu Nome é Trupizupe
  9. O Autor da Natureza
  10. Corações Animais