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A pavio de candeeiro

Valdomiro Maicá

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De pilcha nova hoje eu to abagualado
E embodocado pra varar o rio Uruguai
Mandaram um chasque tem bailanta do outro lado
Quero chegar já largando um sapucay.

Gosto de toque de gaitinha de oito baixos
Mostrar o braço da velha estirpe campeira
Desde pequeno pra me aquieta nos seus braços
A minha mãe já me assobiava uma vanera.

Na polvadeira da tradição do rio grande
Se esquenta o sangue a pavio de candeeiro
E a indiada buena disposta a aumentar a sala
Leva no pala o atavismo missioneiro.

Pra quem carrega a madrugada na garupa
Com uma gaúcha doce mel de camuatim
Sabe que a alma se acolhera na percanta
E o ferro canta se alguém tocar no jasmim.

Eta surungo chucro pintor de auroras
Onde as horas vão no galope do vento
Nem bem termina vai batendo uma saudade
Com a vontade beliscando um sentimento.

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