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Se arrastei por este mundo,
Na vergonha de haver sido,
E o favor que já não sei,
Se em momentos de agonia,
Quantas vezes sofri tanto,
E os impulsos do meu pranto,
Eu não pude mais conter,
Se errei como um cretino,
Com um pária que destino,
Perseguiu até o fim,
Se fui louco, se fui cego,
Eu só quero que se entenda,
A coragem que é tremenda,
E o valor de amar assim,
Era, para mim a vida inteira,
Como um sol de primavera,
Meu amor, minha paixão,
Sabia, que no mundo não cabia,
Toda a humilde alegria
Do meu pobre coração,
Agora, costa abaixo, em derrocada,
A doce ilusão passada,
Eu não sei ressuscitar,
Sonho, com o passado que adoro,
O tempo velho que choro,
E que nunca há de voltar !
Por seguir seu vulto errante,
Eu vivi como um bacante,
De ferrenha maldição,
E ninguém compreendia,
Que por tudo que te dava,
Em cada curva deixava,
Pedaços de coração,
Hoje triste e arrependido,
Solitário e já vencido,
Pelos seus olhos fatais,
Eu confesso esta doidice,
Se aquela boca mentisse,
Se ainda mais ela pedisse,
Eu daria mais e mais !...