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Amarras

Tango

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Vamos como sombra atormentada,
Pelo porto da angustia, sendo tudo e não sou nada,
Sou como meu barco vagabundo,
Que parou acorrentado, amarrado ao cais profundo,
Também amarrado ao meu passado,
Sou um barco abandonado,
E sinto na carne, essas amarras,
Como ganchos, como garras,
Choro aqueles dias que jamais hão de voltar,
Lembro a tua boca que jamais hei de beijar,
Sou como meu barco vagabundo,
Que amarrado ao cais profundo,
Há de ficar.
Aqueles beijos que eu perdi,
Quando senti,
Tua cilada,
Foram tormentos e tufões,
Aos turbilhões,
Já não sou nada,
Só sei dizer que caí,
Que penei e que rolei,
Ao abismo de um fracasso,
Sei que o teu pérfido amor,
A zombar da minha dor,
Me persegue passo a passo,
Hoje que sei que não virás,
Vago sem fé, por este porto,
Quero partir, quero fugir,
Mas estou morto,
Porque viver sem teu amor,
Não é viver, mas sim, morrer !...

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