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Carminha

Sandro e Gustavo

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Tarde da noite eu já estava deitado
Quando ouvi na casa ao lado
Um verdadeiro quebra pau
Era o cumpade com a muié dele brigando
E eu fiquei só assuntando aquela briga de casal

Cumade Carmem gritando feito uma louca
Era um tal de cala boca e começou cair vazia
Caia copo virava mesa e cadeira
E naquela quebradeira começou a baixaria

Carminha meu bem não me enforque com a rede
Carminha meu bem não me esfole na parede
Mas ela esfregava a cara dele no chão
E por mais de uma hora só havia pescoção
Carminha meu bem não me bate com a tuaia
Carminha meu bem nunca mais vou pra gandaia
Mais a cumade Carmem parece que não ouvia
Quanto mais pedia carma mais a Carminha batia

No outro dia apareceu de olho roxo
Arranhado no pescoço e com a cara amassada
Eu perguntei cumpade o que aconteceu
E ele então me respondeu que foi um tombo na escada

Eu fiz de bobo pra não perder o freguês
Ele pensa que eu não sei que ele apanha da Carminha
E toda vez que ele chega de cara cheia
Leva um tapa na oreia e começa a baixaria.

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