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Folha Seca

Rolando Boldrin

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A foia seca cai na mata verdejante

Que o vento leva distante do ramo que ela nasceu

o meu destino é igual a foia seca

por também me ver distante de um amor que já foi meu


A foia seca do ramo cai, o vento leva, não vorta mais

e o corguinho corre-corre sem parar vai carregando as foia seca para o mar

enquanto eu choro suspiro em vão como uma foia na solidão

enquanto aquela que eu amava não vortá

esses meus olhos não se cansam de chorar.


O meu destino é viver abandonado

foi tão triste o meu passado cheio de desilusão

por isso hoje tudo no mundo é tristeza

eu pertenço a natureza como as foia do sertão


A foia seca do ramo cai, o vento leva, não vorta mais.

e o corguinho corre-corre sem parar vai carregando as foia seca para o mar

enquanto eu choro suspiro em vão como uma foia na solidão

enquanto aquela que eu amava não vortá

esses meus olhos não se cansam de chorar.

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