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Invernada

Renato Teixeira

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Longe daqui a léguas do coração
Desse pobre caboclo cheio de mágoas
Meu pedaço de terra virgem me chama
Volto prá casa é tempo da invernada
Estar em paz com meu quintal
O vento vai ser meu jornal
Agir ali exposto ao céu
Entre a botina e o chapéu

Volto me carregando com minhas pernas
No peito só cansaço do viajante
Na boca seca a sede que andou distante
Da água nova que se bebe nas velhas fontes

Estar em paz com meu quintal
O vento vai ser meu jornal
Agir ali exposto ao céu
Entre a botina e o chapéu

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