27 acessos
abrindo alas no espaço traço laços me satisfaço,
cabaço copia pedaço o cansaço já tá abusado,
o que falo e juro eu faço o teu fracasso eu realizo,
de um maluco carinhoso passo a ser um muleque ríspido,
não sou o foda no improviso antes da fala analiso,
duzinho apelido amigo penso e assimilo virei cupido,
como se a rima fosse uma flecha miro atiro te conquisto,
e se tô aqui gritando é lógico que eu tenho motivo !
conto histórias por partes, no papel construo arte,
se a competição virou uma guerra logo equivoco o Deus Marte,
se fizemo em grupo, o lucro em grupo nós reparte,
o mic é meu bacamarte, foda-se no meu estandarte,
quando vou grita tio, só grito o que é verdade,
não jogo com carta de descarte, uso sentimentos aparte,
e o jeito que me visto e com quem ando não muda nada,
meu baluarte sou eu mesmo com a força das minhas palavras,
rimando não me igualo quando falo desentalo não me calo,
avassalo te apunhalo, e empurro até o talo !
violento as vezes sou, tô consciente e chapadão,
sou underground progressista visando revolução,
faço com coração por reconhecimento dos demais,
mas dinheiro quero lógico ganho pouco e penso em mais,
posso não ser o revolucionário, mas alguma coisa eu mudo,
posso sempre andar na lama, mas na lama eu não me afundo, x2
explicando algo em versos, vou além do mais profundo,
com uma caneta e um papel vou tentando mudar o mundo,
e assim vou levando, tentando e conseguindo,
e quando tento e erro aprendo depois relembro e fico rindo!
muitos tentam me jogar pra baixo mas a base continuo,
ligo só pros que congratulam e o resto pra mim é nulo,
pensamentos ruins expulso já vi que o mal se atrai,
o mic pra mim agora é como uma espada de um samurai !
seria foda, ter todos que gosto sempre por perto,
seria foda, se eu sempre seguisse no caminho certo,
seria foda se eu fosse rico e feliz o tempo inteiro,
mas seria foda mesmo se só existe amigo verdadeiro !
os irmãos são a base de todo amparo claro são raros,
não separo desamparo só reparo me deparo encaro,
monstro avaro comparo não tô parado,
demônio fardado um dia sua cara eu varo !
azaro do trabalhador que mesmo barato custa caro,
sigo adiante em um carro sem farol disparo !
desmascaro os falsos escancaro não anteparo,
declaro lixo como a sentença de um réu primário !
faço com coração por reconhecimento dos demais,
mas dinheiro quero lógico ganho pouco e penso em mais,
posso não ser o revolucionário, mas alguma coisa eu mudo,
posso sempre andar na lama, mas na lama eu não me afundo, x2