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Congelados em nossos olhos,
Congelados em nossos corações,
Congelado em nossas almas!
Empalados em estacas,
Arrancou a nossa carne,
Nosso sangue coalhado em você!
Prenúncio do lobo mau,
Inflado de palavras de guerra,
Fortalecimento das feridas da glória!
Rasgaram nosso peito,
Coração da cor do alcatrão,
Congelou em nós.
Nos trouxe raiva!
Nos trouxe sangue!
Nos trouxe o fogo falso,
Angustiada escuridão,
Nome falso, o sangue estrangeiro!
No turbilhão de ventos
Nossos gritos ecoam no aço
Através de glória e tormento.
Não foram criados por magia,
Não foram criados por deuses
Você foi criado por um simples ferreiro.
Exauridos de sangue,
Pereceram nas clareiras
De feridas que você atingiu.
Refrão
Aço congelados em nossas almas!
Lançado em nossa raiva,
Interminável ódio,
Congelou na nossa carne!
Fúria, que ainda ressoa,
Nosso sangue não coagula,
Congelou em nossas mãos!
Mas um dia virá o tempo
Quando todas as tochas
Arderão em chamas de ambos os lados!
Então Kalev voltará para casa
Para trazer a felicidade para seus filhos
Para trazer uma nova era para os estonianos!
Refrão
Hangusid me silmadesse,
hangusid me südamesse,
hangusid me hingedesse!
Ajasid meid roika otsa,
rebisid me liha lahti,
me veri tardus sinu peal!
Kurja hundi kuulutaja,
sõjasõna paisutaja,
haavatud ülluse võimustaja!
Kiskusid me rinna lahti,
tõrvakarva südame,
hangusid meil sisse seal!
Tõid meile viha!
Tõid meile verd!
Tõid meile vale tule,
ängistatud pimeduse,
vale nime, võõra vere!
Suurte tuule keerises
kajavad me teraskarjed
läbi ülluse ja piinade.
Ei sind loonud võluvägi,
ei sind loonud jumalad -
sind lõi lihtne sepamees.
Voolasime verest tühjaks,
kangesime lagendikel
sinu löödud haavadest.
Refr:
Terast mis hangund me hinge!
Päästsid meie viha lahti,
lõppematu vihkamise,
hangusid me lihasse!
Raev mis kostub siiani,
tardumatu meie veri,
hangusid me kätesse!
Aga ükskord algab aega,
kus kõik pirrud kahel otsal
lausa lähvad lõkendama!
Küll siis Kalev jõuab koju
oma lastel õnne tooma,
Eesti põlve uueks looma!
Refr.