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Arigatô, saiô nará
Me dá um xuxi
Faz um de piava
E uns dois ou três de lambari
Sou esfameado, sou igual porco roceiro
Provo de tudo que é comida que me dão!
Como cozido, mal assado, sem tempero
Até que um dia fui cantá lá no Japão!
E lá me deram esses peixe meio vivo
Só sai da água e tão com a bóia quase pronta
Um japonês me olhava e ria sem motivo
Mas entendi quando me trouxe a minha conta!
Arigatô, saiô nará
Me dá um xuxi
Faz um de piava
E uns dois ou três de lambari
Lá no Japão tinha um gorducho de tocaia
Só com a sunga, lutando o tal de Sumô!
Tava assobiando o refrão da Cadela Baia
E, de repente, deu um urro e me abanou!
No Karatê, eu venho assim me defendendo
Tapo de coice e dou um grito de Iahahá!
Com os palitinho, até ensopado eu tô comendo
E no saquê, botei um quilo de butiá!
Arigatô, saiô nará
Me dá um xuxi
Faz um de piava
E uns dois ou três de lambari
Mas do meu gosto segue o véio carreteiro
Um chibo gordo, uma costela, uma picanha
Bago de touro, uma canjica com puchero
E a tradição que me sustenta e me acompanha!
Serve um xuxi para essa indiada galponeira
Mas faz dum peixe do Uruguai ou do Butuí
Bota o arroz que a gente planta na fronteira
Que eu te garanto: Faz sucesso o teu xuxi!