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Fado dos fados

Mafalda Arnauth

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aquele amor derradeiro
maldito e abençoado
pago a sangue e a dinheiro
já não é amor, é fado.

quando o ciúme é tão forte
que ao próprio bem desejado
só tem ódio ou dá a morte
já não é ciúme, é fado.

canto da nossa tristeza
choro da nossa alegria
praga que é quase uma raiva
loucura que é poesia

um sentimento que passa
a ser eterno cuidado
e razão duma desgraça
e assim tem de ser, é fado.

o remorso de quem sente
que se voltasse ao passado
pecaria novamente
já não é remorso, é fado.

e esta saudade de agora
não de algum bem acabado
mas das saudades de outrora
já não é saudade, é fado.

canto da nossa tristeza
choro da nossa alegria
praga que é quase uma raiva
loucura que é poesia

um sentimento que passa
a ser eterno cuidado
e razão duma desgraça
se assim tem de ser,
é fado.

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