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Firmando o Garrão

Luiz Marenco

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Cansei os meus olhos de ver horizontes
quero ter de perto, no alcance da mão
na sombra do baio ou costeando o aramado
a razão deste canto, firmando o garão.

O verde estendido lhe explica este gosto
de acreditar nas verdades que trago
de ser mais Rio Grande, na alma e no jeito
e de apenas cantar minhas coisas e o pago.

De alma e verso, assim, eu sou
regional e em mim, eu vou
coração sem fim, que andou
pra se encontrar !

Quem sabe um dia meu olhar de interior
entregue um vistaço pra quem nunca viu
um potro estendendo um galope na várzea
ou um simples ocaso no espelho de um rio.

Se tem quem se venda, não pago este preço
nem deixo meus sonhos, crescerem em vão
e ainda acredito que o mate é um abraço
pra quem desencilha no rancho de um irmão.

Quem sabe de longe o olhar "inda" veja
as coisas que o campo não quer me mostrar
mais sei que este pago, na força da cincha
garante e sustenta, o que me faz cantar.

Se canto a minha terra, eu falo o que sei
se tenho verdades, as carrego comigo
se ainda canto, só pra o meu consumo
é por que todos sabem, aquilo que digo...

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