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Batendo Casco

Luiz Marenco

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Num trote fronteiro de atirar o freio,
vou topando o vento, só por desaforo
De ganhar a vida num gateado oveiro,
loco de faceiro, junto dos cachorros

Pelo campo-fora, pelas campereadas,
apresilho os olhos num florear lindaço
De arrastar pra o toso as "ovelha-mestra",
e tudo que não presta de arredor do rancho

Me pilcho bem lindo, tipo pro namoro
Cabresteando as rugas deste amor bagual
Que ao "cambiar" das léguas, vai boleando a perna
Pra Santana Velha do Rio Uruguai

De sovéu bem curto "vamo" meu cavalo,
amagando pealos nesses mundaréu
Atorando as chircasnuma manga d'água,
amadrinhando a mágoa sem "tirá" o chapéu

"Semo" um do outro sem "rasgá" baixeiro,
adelgaçando o pelo neste manancial
Aparando as crinas, do pescoço a orelha,
de uma égua prenha sem "passa" o buçal

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