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Baile de Fronteira

Luiz Carlos Borges

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É num baile de fronteira que a gente pode aprender
Esse balanço safado de se dançar chamamé
Tem que ter manha no corpo, pra sapatear tem que ter
Tranco de sapo baleado e jeitão de jaguaretê
Tudo começou em corrientes, num baile, veja você
Também se orelhava um truco, que é um modo de se entreter
Um ás que sobrou na mesa bastou pra coisa ferver
A cachaça brasileira alguma culpa há de ter
Se foi tiro ou cimbronaço, pago pra ver
Deixa que venha no braço pra se entender
Se o facão marca o compasso, deixa correr
Enquanto sobrar um pedaço vamo metê
O gaiteiro era buerana, não deixou o baile morrer
Parou um valseado de seco e sapecou um chamamé
Ficou só um casal dançando, gritando oiga-le-tê
Que por quatro ou cinco tiros, não vamos se aborrecer
Dançar na ponta da adaga não é tomar tererê
Tem que cordear pros dois lados, fazendo o poncho esconder
Daí surgiu esse tranco que foi até o amanhecer
Quanto mais corria bala, melhor ficava pra ver
Se foi tiro ou cimbronaço, pago pra ver
Deixa que venha no braço pra se entender
Se o facão marca o compasso, deixa correr
Enquanto sobrar um pedaço vamo metê

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