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Cantar Galponeiro

José Claudio Machado

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Meu verso é rio de águas claras correndo para o remanso
É igual a um potro manso se andar garboso e faceiro
Faz tempo que é meu parceiro pois é meu verso que acalma
As penas da minha alma nas horas de desespero

(O meu cantar galponeiro traz a marca da querência
E aprova de uma existência cevada no mate amargo
E quem aceita o encargo de campeiro cantador
Sabe que é fiador da memória do seu pago)

Quem não renega as origens é cerno de corunilha
Plantado numa coxilha palanque por vocação
Esta xucra devoção expressa através do verso
Participa do universo sem desgarrar do seu chão

Meu verso carrega o timbre do sentimento nativo
E cada rima é um estribo onde se afirma a consciência
E nesta busca de essência meu canto é quase sagrado
Porque projeta um legado além da minha existência

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