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Contigo (tradução)

Joaquin Sabina

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Eu não quero um amor civilizado,
com recibos e a cena do sofá;
Eu não quero viagens ao passado
e que voltes do mercado
com vontade de chorar
Eu não quero vizinhas com 'pucheros';
Eu não quero semear nem compartilhar;
Eu não quero 14 de fevereiro
Nem aniversários feliz.
Eu não quero carregar tuas malas;
Eu não quero que escolhas meu xampu;
eu não quero me mudar de planeta
cortar o cabelo
Brindar à tua saúde
Eu não quero domingos pela tarde;
Eu não quero o swing no jardim;
O que eu quero, coração covarde
É que morras por mim
E morrer contigo se te matas
E matar-me contigo se tu morres
Porque o amor quando não mata morre
Porque amores que matam nunca morrem
Eu não quero economizar para amanhã,
Nem que me peças para chegar ao fim do mês;
Eu não quero comer uma maça
duas vezes por semana
Sem vontade de comer.
Eu não quero calor de estufa;
Eu não quero beijar tua cicatriz;
Eu não quero Paris com aguaceiro
Nem Veneza sem ti.
Não me espere ao meio-dia no tribunal;
Não me digas "voltamos a começar";
Eu não quero nem livre nem ocupado,
Nem carne nem pecado,
Nem orgulho nem piedade
Eu não quero saber porque o fizeste;
Eu não quero contigo nem sem ti;
O que quero, garota de olhos tristes,
É que morras por mim
E morrer contigo se te matas
E matar-me contigo se tu morres
Porque o amor quando não mata morre
Porque amores que matam nunca morrem

Letra original

Yo no quiero un amor civilizado,
con recibos y escena del sofá;
yo no quiero que viajes al pasado
y vuelvas del mercado
con ganas de llorar.
Yo no quiero vecínas con pucheros;
yo no quiero sembrar ni compartir;
yo no quiero catorce de febrero
ni cumpleaños feliz.
Yo no quiero cargar con tus maletas;
yo no quiero que elijas mi champú;
yo no quiero mudarme de planeta,
cortarme la coleta,
brindar a tu salud.
Yo no quiero domingos por la tarde;
yo no quiero columpio en el jardin;
lo que yo quiero, corazón cobarde,
es que mueras por mí.
Y morirme contigo si te matas
y matarme contigo si te mueres
porque el amor cuando no muere mata
porque amores que matan nunca mueren.
Yo no quiero juntar para mañana,
no me pidas llegar a fin de mes;
yo no quiero comerme una manzana
dos veces por semana
sin ganas de comer.
Yo no quiero calor de invernadero;
yo no quiero besar tu cicatriz;
yo no quiero París con aguacero
ni Venecia sin tí.
No me esperes a las doce en el juzgado;
no me digas "volvamos a empezar";
yo no quiero ni libre ni ocupado,
ni carne ni pecado,
ni orgullo ni piedad.
Yo no quiero saber por qué lo hiciste;
yo no quiero contigo ni sin ti;
lo que yo quiero, muchacha de ojos tristes,
es que mueras por mí.
Y morirme contigo si te matas
y matarme contigo si te mueres
porque el amor cuando no muere mata
porque amores que matan nunca mueren.

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