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Namoro de Galpão

João Luiz Corrêa

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A oito baixos se arreganha na vanera
A porvadeira se ergue por toda sala
Uma morena se achega com simpatia
E acaricia sestrosa as franjas do pala

Atrás da orelha escoro o pito e já me avanço
Nesse balanço abagualado do rincão
Campeio a volta e alço a perna num assunto
Faceiro amunto no lombo de uma paixão

Eu levo a vida sempre no cabo do mango
Mas no fandango só amanso a solidão
Troteio a sina de um campeiro de talento
No encantamento de um namoro de galpão

Refrão
Quando a cordeona chora, nheco!, nheco!, nheco!, nháá
Dengosa numa vanera, corcoveia o coração
A saudade vai embora, nheco!, nheco!, nheco!,nháá
E eu me desmancho de paixão

No pé do ouvido, proseio e sigo bailando
Vou caprichando num palavreado macio
A mãe da moça com a cara meio azêda
E a labarêda segue queimando pavio

Quando o gaiteiro se agarra num limpa-banco
Eu vou no trancoprá enfrentara saideira
Beijo no rosto do cambicho, quase estouro
Sei que é namoro prá durar a vida inteira

Refrão

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