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A linha que divide
A realidade do mortal.
Porta de entrada e de saída
Se arriscar afinal, no final...
São os ossos do ofício,
Do seu medo interior.
O segundo de adrenalina
Da diferença entre o frio e o calor...
O risco arrisca
Da caneta no papel
O risco arrisca
Um mergulho em pleno céu...
Sua decisão mais sutil,
Que transforma a vida inteira.
São dois lados da mesma moeda,
O imprevisto e a besteira...
O sonho que não é ilusão,
Da tentação do seu pobre coração
O pássaro só descobre que voa,
Depois de cair no chão...
O risco, arrisca
O motor da emoção.
O risco arrisca
O sentido e a direção
O risco arrisca
De jogar com a própria sorte...
O risco arrisca
De vida e de morte
A mentira, o avião
O tiro, a bala sem direção
O vírus, a comida
O ódio, a má impressão
A companhia, a ansiedade
Sobra peito, falta emoção
O conselho, a profissão
A palavra, a sua situação
Está em tudo
Do dormir ao acordar
Sobre duas rodas
No mais tardar
A aventura, o suspiro
O amigo, e a esperada traição
A ponte, a surpresa
O prazer, a doce paixão
O sucesso, a órbita
A doença, a fé e a maldição
A coragem, o contato, a confusão
Depois de cair no chão...
Está em tudo
E é assim que será.
Não tem como fugir,
Não tem como escapar...