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Somos o fruto dessa falha
Espelhamos um reflexo de toda a desgraça
Carregamos nas costas, uma cruz pesada
Caminhamos nessa vida
A troco de nada
Uma esmola pela escravidão
Buscando um abrigo, e não um sermão
O frio e a solidão
É como um tiro bem no coração
A cada dia que nos olharem
Com vermes, famintos, sedentos a beira da insanidade
Se querem saber aonde vamos parar
Já nascemos no caos
E no caos que vamos reinar
A esperança sucumbiu
Deixou tudo vazio
Não espera encontrar
Amor, em algum olhar
Distante e tão frio
Seu mundo se partiu
Não deu pra evitar
O que desabou te pôs onde está
Fatalidade então!
Um dia nós vamos nos debruçar
Sobre a calada da noite
Até não sentirmos mais nada
A morte pode trazer a anestesia
A cura, a sentença
Aliviando a fome de cada dia
Mas seu coração ainda espera alguma remissão
E simplesmente sobreviver um pouco mais
Um pouco mais
A esperança sucumbiu
Deixou tudo vazio
Não espera encontrar
Amor, em algum olhar
Distante e tão frio
Seu mundo se partiu
Não deu pra evitar
O que desabou te pôs onde está
Somos o fruto dessa falha
Espelhamos um reflexo de toda a desgraça
Somos o fruto dessa falha
Espelhamos um reflexo de toda a desgraça