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Bueiro Limpo part. II

Haikaiss & Cortesia da Casa

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Alô!
Recebi uma ligação do spi
Pra cumprir a missão de pega o mic e cuspir
Isso aqui
Nunca pensei que fui eleito na história
Nem jogo no game do rap
Pra fazer um feito de glória
Falô? Falô
Uns falam que eu só tento ser foda
Que eu só me enalteço de cobre
Que eu só semeio a discórdia
Eu odeio esses noia
O fato de eu não ser preto incomoda
E se eu gritar que eu sou o rap
Bater no peito te prova
Não, não

Num to pra cata e fotografa os peito de "xota"
Teu bolso cheio de nota
O respeito me importa
E comporta um cigarro solto pra bronquite
Me dá uns beat
No apetite do lobo de wall street
To louco de palpite
Sepá que o olho claro traz, boy bobo que é chato
E faz mulher ter fogo no rabo mais
Respeita o morro que é forte que sofre
Não to pro deboche
Nem pego o mic pra ser fantoche

Ei camarada
Se viu que "arrumô" nada
Não arruma nada
Sou braço que encara a disputa
Como na bala disparada
Repare a levada bruta
Tu sente a fisgada em cada
Da massa na praça, é granada
Ei camarada
Dispensa a neurose
Um brinde é oque eu tenho de posse
Inclusive minha tosse
Quero uma dança no baile com a morte
Amigo não subestime
Que a vida é regime a mesma
Te entrega e tira sua manada
Mas não da nada
Tô acordado
Minha alma rebelde segue
O coração segue gelado
Congelado do lado
Passo o recado
Sei que eu sou complicado
Essa rima é pra tu dormir
Tua punchlineno rabo
Nem pro seu protesto
Sua farsa verbal
E o problema foi esquecido no final do estadual
Mas eu não esqueço não menino
Meu país falido e é comodo pra você por a culpa no nordestino
Será destino, enfrentar suas leis
Não me esqueço quem construiu a terra nobre dos reis, ah

Não tem babação de ovo
Olha eu de novo na resenha
Veja povo nordestino eu me ajoelho perante a vocês
Um, dois, faltou feijão com arroz
Que eu vi, mas olha aqui
Enquanto eu faço versos
Seu governo ri
Estufa o peito
Mostra a cara
Segue a rima que não para
Que se faz, só que se paga ali
Se paga ali

Fale oque quiser se é sobre mim
Vou deixar tu se enganar
Mente pronta, poe na ponta
Quantas vezes você disse que não tinha como chegar
Penso agora em quantos foram
E quem ficou pra trás
Sua mente foi quem falhou
Agora chora porque o tempo não volta mais

Os valores se inverteram
Tá tudo errado carai
Eu salvo o mundo
Mas não ajudo nem minha mãe nem meu pai
Herói do rap
O que me arte imita
Tudo que irrita
Ou deixa minha mãe aflita
Eu me iludi com cada gole de whisky barato
O que me sobra agora é um fígado estragado
Acelerado eu pisei fundo até "torcer" os cabo
E na roleta russa, passei pelo semáforo
Da cruzeiro do sul, até a avenida do estado
Uma navalha no trânsito de são paulo
Locão locão
Capotei o carro
E percebi que a minha vida tava ao contrário...

Hááá
Esquecido como os índios
Pra você esse rap tá marcado
Como 11 de setembro ficará
Nascido no hospício que cê nunca quis entrar
Escrevendo a rima que nem o surdo quer escutar
Num ta fácil pra ninguém
Tá pior pra mim
Sepá apagou a luz do túnel
Mano que chegô no fim
Se falta revolução
Quando o assunto é nova escola
Vai lá, compra uma glock, vê o que cê desenrola
Porque aqui não tem escola
Criança vai pra tanca
Alfaiate pra medir
Vende almoço e compra janta
Quem não deve tá leve, quem deve tá assustado!
Num reflexo do primeiro mundo em um espelho quebrado

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