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Janelas

Gerson Borges

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Da minha janela contemplo a cidade
da minha ilusão,
procuro no escuro da noite
uma pista, uma explicação.
Nem mesmo o barulho dos carros que passam
parece abafar
o cortante ardor do meu coração
que parece pulsar sem pulsar,
que parece pulsar sem pulsar.

A minha janela é uma espécie de tela,
de televisão
um rosto querido me olha,
eu choro, eu perco o chão.
já deve ser mais de onze horas,
meu Deus, eu preciso deitar
e anestesiar este coração
que parece pulsar por pulsar,
que parece pulsar por pulsar.

Cansado, cansado,
gemendo, gemendo,
murchando, murchando,
como murcha mesmo a mais linda flor.

E agora eu me vejo
Mudado, sofrendo um bocado,
Morrendo de dor.

Era uma outra janela e cenário,
uma outra visão:
o sol surgindo dourado
por cima da plantação,
os bichos, a gente acordando, a fazenda,
e a noite se vai...
tudo isso volta ao meu coração
que parece pulsar por meu pai,
que parece pulsar por meu pai.

Cansado, cansado,
gemendo, gemendo,
murchando, murchando,
como murcha mesmo a mais linda flor.

E agora eu me vejo
Mudado, sofrendo um bocado,
Morrendo de dor.

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