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Pó de Granito

Francis Hime

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Na dor, no sal, fiz um carnaval
Do santo tirei meu canto
O tempo espantou a dor, virou canção.

No céu, no mar, em qualquer lugar
Até onde a vista alcança,
O tempo avança, senhor da imensidão.

O temporal foi como um sinal
Do escuro, lá do futuro
Parece não ter saída, eu vou pro fim.

A luz no breu foi quem me acendeu
na brecha lancei a flecha
A vida, quem sabe, vai sorrir pra mim.

Do mar, do cais naveguei a paz
Da ponte fiz minha fonte
O tempo foi temperando o caminhar.

Do mais comum, como qualquer um
Ao raro mais puro e claro:
O tempo não perde a vez, não vai parar.

A intuição, minha direção
A meta, essa estrada reta
Qualquer caminho, é caminho que se quer.

A mente esperta, alma aberta
E o bom senso, um caminho imenso
A vida vai lapidando o que vier.

Domar o medo, morder a chance
O alcance do olho do lince
É certo, o tempo não espera por ninguém.

Deitar o ódio, calar o pranto
O encanto em cada momento.
O tempo não perde tempo, vai além.

E descobrir, e desmascarar
O medo, qualquer segredo
Viver é curiosidade, é paixão.

A água bate na rocha bruta
Eu fito, pó de granito
E o tempo marcando as horas da ilusão.

A vida nos desafia
É dura, é cura pra nossa ira
O mundo à beira do caos, assustador.

Mover montanhas, roer impérios
Mistérios, martírios?
Mas vale mais é fazer uma canção de amor.

Na dor, no sal, fiz um carnaval
Do santo tirei meu canto
O tempo espantou a dor, virou canção de amor.

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