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Madrugadas

Eduardo Coelho

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Abre o peito, chora
Por tudo aquilo que já sofreu
Que já morreu

Flores murcham, todo dia
Pela falta, que o amor faz
E se desfaz

Larga da monotonia, vem comigo
Correr o mundo
Ser feliz

Deixa eu ficar na sua casa
No teu ser
Eu posso ser livre

Fica comigo
Sábado e domingo
Pode ficar um ano
Eu não vou me importar

Eu até me perco
Nas linhas do teu corpo
Florido

Nosso Vênus, ligado a todo tempo
E nos casaremos, nas sombras das árvores
Na brisa da praia

Seremos como o ar que alimenta o fogo
Tudo em nós transbordará
A cada dia que passar

Amar-te-ei, voarei contigo
Até o findar dos meus dias

Fica comigo
Sábado e domingo
Pode ficar um ano
Eu não vou me importar

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