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Poema de amor

Desastre

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andava eu despreocupado
quando meu caminho cruzastes
mal imaginado foi o desastre
que eu próprio semeava

o tempo rugia e eu logo despertei
e nas mãos possuía a fúria
com a qual te golpeei

sangrando a esmo te velei
até secar todas as lágrimas
de ti só restaram as páginas
das frases tortas as quais draguei

sob o infinito céu
onde lá no alto dança a brisa
não sinto mais o amargo do féu
apesar do tempo que a tempestade eterniza

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