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Tertúlia

Berenice Azambuja

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Uma chamarra uma fogueira
Uma chinoca uma chaleira
Uma saudade um mate amargo
E a peonada repassando o trago
Noite cheirando a querência
Nas tertúlias do meu pago

Tertúlia é o eco das vozes
Perdidas no campo a fora
Cantigas brotando livre
Novo prenúncio de aurora
É rima sem compromisso
Julgamento ou castração
Onde se marca o compasso
No bater do coração

É o batismo dos sem nome
Rodeio dos desgarrados
Grito de alerta do pampa
Tribuna de injustiçados
Tertúlia é o eco sonoro
Sem porteira ou aramado
Onde o violão e o poeta
Podem chorar abraçados.

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