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(Ô de casa...
- Vai se achegando compadre véio
- Tudo bão compadre baitaca?
- Tudo bem compadre eduardo
- E me dá notícia da comadre!
- Mas...ói nem notícia não te dou compadre
- Mas o que houve com minha comadre véia, tchê?
- Mas agora ela só caminha...
- Mas que jeito home
- Tu quer ver a letra que eu fiz pra marvada?
- Me cante esses versos que eu quero ver
O que, que está acontecendo com a comadre
- Só escute então compadre
Vivo contente, chego a sorrir de faceiro
Deixei de viver solteiro e resolvi de me casar
Já que tô nessa, seja lá o que Deus quiser
Me casei com uma mulher que só gosta de caminhar
Ela é possante, criada no interior
Falou pra ela o doutor que é melhor a academia
Passa acordada para evitar o pernoite
Ela só caminha de noite e só caminha de dia
Ela só caminha, ela só caminha
Em casa não faz mais nada
Na sala e nem na cozinha
Passa o tempo gauderiando
Essa mulher ela só caminha
As roupas dela não serve mais pra coitada
E ela está desesperada com excesso de gordura
Passa na rua o tempo tapado com sol
Ela as vez caminha mole outras vez caminha dura
Ela só caminha, ela só caminha
Em casa não faz mais nada
Na sala e nem na cozinha
Passa o tempo gauderiando
Essa mulher ela só caminha
Ela é raçuda, mulher guapa e de coragem
Que é tapada de maquiagem nas mordomias do mundo
Até mesmo em casa se engraxa e vai pro sol quente
Ela só caminha na frente e só caminha nos fundos
Ela só caminha, ela só caminha
Em casa não faz mais nada
Na sala e nem na cozinha
Passa o tempo gauderiando
Essa mulher ela só caminha
(Óia lá onde vai a marvada de novo, vorta aqui desgraçada
Tá só com umas tirinhas de roupa no corpo, quase em pêlo
Até aqui em casa eu aceito que ela só caminha
Mas em propriedade alheia não)