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Capital da Ilusão

Quadrilha Intelectual

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Na capital da ilusão, quadrilha invade a cena.
A esperança foi morta pelo descaso do sistema
Postura agressiva contra os políticos do plenário
Enquanto houver guerra, “vamos” bater de frente e “vamos” bater pesado.
Aba reta, camisão e lenço na cara.
No peito um sentimento, não sou PM pra usar medalha.
O estilo é pesadão, se é gangsta ou não.
Tendência é tendência, falar verdade é uma missão.
Em prol dos marginalizado, em defesa dos excluídos.
Não canto sem sentido, é na favela que eu acredito.
Eu quero ver o favelado, jogando chapéu pro alto.
Na colação de grau e não pelo sucesso assalto
Na periferia o certo e o errado se misturam
Pra PHD em sobrevivência só quem é sem perder a postura
Querendo um caminho, mais sem poder trilhar.
Felicidade nos lábios e ódio no olhar
Minha história de vida é audiência na globo
Morto pela policia, não tem vale a pena ver de novo.
Para os gravatinha sou preto, pobre que não sabe nem falar.
É difícil aprender de barriga vazia e sem ter onde morar
Revolta na mente, cotidiano de muita gente.
Graduação no crime atitude inconsequente
Ai pomba branca vai pro chão, sem respiração.
Vai ser jogada no “motim”, esfaqueada na rebelião.

É aqui, que corrupção vira avalanche.
É assim, que eles lucram com nosso sangue.
Eleição, no slogan a transformação,
Capital da esperança em capital da ilusão

O pensamento terrorista da maioria esquecida
Alto-estima no derrotado reivindicando melhoria
Páginas com conteúdo incentivo o uso de arsenal
Sérgio Vaas e Ferréz, literatura marginal.
Punho firme, mão fechada e braço lá em cima.
Representando os quilombo, inspiração pra minha vida.
Os moleque que não tem o verde como cor da esperança
Com vermelho, acrobacia, venda de fruta, sustento de uma criança.
Não adianta, o real é surreal pra muita gente.
Miséria, agressão policial aqui é moeda corrente.
No papelão deitado, pelo frio petrificado.
Corpo desidratado, pensamento enclausurado.
Dia ensolarado, sem leite desnatado.
À noite encapuzado criação do estado
Made in maderite, protesto e revide
Panela vazia é que faz apologia ao crime
AVC, infarto, derrame cerebral.
Negligência é fato, violência a nível nacional.
Morre criança e do idoso no corredor do hospital
Animais no matadouro, sem ação governamental.
Guerra sem trégua, à vida não é bela.
E tem gente rebolando dizendo que é favela
Não foi opcional tive que guerrilhar
Pra mim só vivem em paz quem aprende a lutar

É aqui, que corrupção vira avalanche.
É assim, que eles lucram com nosso sangue.
Eleição, no slogan a transformação,
Capital da esperança em capital da ilusão

Desigualdade operante, igualdade sonho distante.
Escravo na empresa dando lucro ao contratante
No domingo lazer, viagem de jatin.
E o empregado esperando os reclames do PLIM-PLIM
Pessoas robotizadas por 14 polegadas
Alienadas, no poder público não são representadas.
Quando reivindicam, revoltados ignorados.
Ou violentados por coturnos engraxados
Aeronáutica não é acionada pra combater a fome
O exercito não sobe o morro pra dançar um funk
Oficial da marinha não oferece emprego
Forças armadas querem calar a voz que clama por direito
Liberdade de expressão gera opressão, prisão.
Fomos adestrados pra aceitar pra raciocinar não
Imposto pago, destino da verba não publicado.
Orçamento participativo não é mencionado
Valor do salário mínimo, resultado latrocínio.
Sangue do riquinho transformado em leite ninho
Governo criou a cobra no filme da vida só tem um papel
Bote errado, 7 palmo ou fechado no cascavel.
Processo não educativo, potencial pra ser bandido.
Construção de escola ou criação de presídio?
Centro de ensino ou centro de detenção?
Resposta dada: superlotação.

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