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Quando fui para os pampa
Levava meu coração
Contente como um Chirigue
Mas lá ela morreu
Primeiro perdi as penas
E logo perdi a voz
E acima queimando o Sol!
Quando vi os mineiros
Dentro de seus quartos
Eu disse melhor habita
Em sua concha o caracol
Ou a sombra das leis
O refinado ladrão.
E acima queimando o Sol!
As fileiras de barracos
Frente a frente sim senhor!
As fileiras de mulheres
Frente ao único pilão
Cada uma com seu balde
E sua cara de aflição.
E acima queimando o Sol!
Passo por um povo morto
Enche-se de nuvens meu coração
Mas onde as pessoas vivem
A morte é muito pior
Enterraram a justiça,
Enterraram a razão.
E acima queimando o Sol!
Se alguém diz que eu sonho
Contos de ponderação
Digo que isso se passa em Chuqui,
Mas em Santa Juana é pior.
O mineiro já não sabe
Quando vale a sua dor.
E acima queimando o Sol!
Voltei para Santiago
Sem compreender a cor
Com que pintam a notícia
Quando o pobre diz não
Abaixo a noite escura,
Ouro, salitre e carvão.
E acima queimando o Sol!
E acima queimando o Sol!
Cuando fui para la pampa
llevaba mi corazón
contento como un chirigue
pero allá se me murió;
primero perdí las plumas
y luego perdí la voz
y arriba quemando el sol.
Cuando vide los mineros
dentro de su habitación
me dije mejor habita
en su concha el caracol
o la sombra de las leyes
refinado ladrón
y arriba...
Las hileras de casuchas
frente a frente !sí, señor!
las hileras de mujeres
frente al único pilón
cada una con su balde
y su cara de aflicción.
y arriba...
Paso por un pueblo muerto
se me nubla el corazón
pero donde habita gente
la muerte és mucho peor
Enterraron la justicia,
enterraron la razón.
y arriba...
Si alguien dice que yo seño
cuentos de ponderación
digo que esto pasa en Chuqui
pero en Santa Juana és peor;
el minero ya no sabe
cuanto vale su dolor.
y arriba...
Me volví para Santiago
si compreder el color
con que pintan la noticia
cuando el pobre dice no
Abajo la noche oscura,
oro, salitre y carbón.
y arriba...
y arriba...