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Licensa sangue,
Deicha eu te mostrar o que é poesia
Navego num mar de alma implorando alforria
Lutador luta agora e o covarde sempre adia
Se o covarde aqui tem voz o sábio nunca silencia
Gritos de argônia, meu povo sorri chorando
Os mortos resistindo e os vivos se entregando
Vamos se aproximando, do fim tu ve o começo
Fulano ali se vende sim é só aumentar o preço
Música não tem cor, nem arte ou endereço
Postura uns morre sem, outros vem falar de preço
Só quero o que mereço meu santo não é de gesso
Vacilação total não aprendeu como tropeço
Apresso o recomeço, apresso a utilidade
Os de mentira vive gritando que é de verdade
Julgando os meus defeitos não viu minha qualidade
Antes sã na loucura que louco na sanidade
Outros são nem metade mas acha que pode tudo
Se justiça tem voz , pra nóis sistema ta mudo
Humildade é meu escudo, e nosso povo é orgulho
Se espantou pois esqueceu quem vai a sampa e faz barulho..
Maloca... vários manos ao meu redor
Quanto mais gente conheço mano me sinto mais só
E o pastor que ontem se sentia entre nóis o melhor
Fez como o diss da zika, e retornou ao pó
Quem é você?bota as cartas na mesa
A cada coração a coleção de incerteza
Tristeza , na selva , que rouba a impureza
Verme se demasia com mania de grandeza
Contra a correnteza suportei temporais,
Bolando mais um plant com rimas transcedentais ...
Um monte chega na frente passando vários pra trás
Esquece teu passado que esse aqui não volta mais
Na madrugada escrevendo ao lado da solidão
Em cada linha escrito um pedaço do coração