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Um cavalete encilhado
O baixeiro ao pelegão
Um cusco baio deitado
Com olhos de prontidão
Um sovéu de tres ramau
Enrodilhado no chão
Um mouro sargo e crinudo
Atado no pára-peito
Sem o dono pra montá-lo
Arreio cusco e cavalo
Completando a parceria
Era assim que ele queria
Então vai ser do seu jeito
Enfeite atrás do fogão
Com guardanapo bordado
Feito um quadro na parede
Escrito esse refrão:
A saudade é contra guacha
E sempre invade o galpão
Enquanto mais se escurraça
Mais entra no coração
(O lar é a lembrança doce
Feita de paz e de pão) 2X
O mesmo galpão do fogo
Aquenta um banco vazio
Alí um mate cortado
Amarga a falta de alguém
Um vento contra o oitão
Jorominando as ruias
Um canto chão e a porfia
Dobrando a voz da saudade
Ficou o campo e as casas
O cusco o baio e o mouro
Um cavalete encilhado e
A lembraça do que foi
Amarga casco de boi
Passada de pai pra filho
E do filho para o net
Continuidade da cria
Era assim que ele queria
Então vai ser do seu jeito
Enfeite atrás do fogão
Com guardanapo bordado
Feito um quadro na parede
Escrito esse refrão:
A saudade é contra guacha
E sempre invade o galpão
Enquanto mais se escurraça
Mais entra no coração
(O lar é a lembrança doce
Feita de paz e de pão) 2X
Era assim que ele queria
Então vai ser do seu jeito