Letras Web

In Taberna quando sumus (tradução)

Carmina Burana

539 acessos

Quando estamos na taverna
Não pensamos na morte
Corremos a jogar
O que nos faz sempre suar
O que se passa na taberna
Onde o dinheiro é hospedeiro
Podeis querer saber
Escutai pois o que eu digo
Uns jogam, uns bebem
Uns vivem licenciosamente
Mas dos que jogam
Uns ficam em pêlo
Uns ganham aqui suas roupas
Uns se vestem com sacos
Aqui ninguém teme a morte
Mas todos jogam por Baco
Primeiro ao mercador de vinho
É que bebem os libertinos
Uma vez aos prisioneiros
Depois bebem três vezes aos vivos
Quatro a todos os cristãos
Cinco aos fiéis defuntos
Seis às irmãs perdidas
Sete aos guardas florestais
Oito aos irmãos desgarrados
Nove aos monges errantes
Dez aos navegantes
Onze aos brigões
Doze aos penitentes
Treze aos viajantes
Tanto ao Papa quanto ao rei
Bebem todos sem lei
Bebe a senhora, bebe o senhor,
Bebe o soldado, bebe o clérigo,
Bebe ele, bebe ela,
Bebe o servo com a serva,
Bebe o ativo, bebe o preguiçoso,
Bebe o branco, bebe o negro,
Bebe o estabelecido, bebe o vagabundo,
Bebe o ignorante, bebe o sábio.
Bebe o pobre, bebe o doente,
Bebe o exilado e o desconhecido,
Bebe o menino, bebe o velho,
Bebe o chefe e o diácono,
Bebe a irmã, bebe o irmão,
Bebe a anciã, bebe a mãe,
Bebe esta, bebe aquele,
Bebem cem, bebem mil.
Seiscentas moedas não são suficientes
Se todos bebem imoderadamente
Sem freio
Bebam quanto for, o espírito alegre
Todo mundo nos denigre
E assim ficamos desprovidos
Que sejam confundidos os que nos difamam
E sejam seus nomes riscados do livro dos justos!

Letra original

In taberna quando sumus
non curamus quit sit humus,
sed ad ludum properamus,
cui semper insudamus.
Quid agatur in taberna,
ubi nummus est pincerna,
hoc est opus ut queratur,
si quid loquar, audiatur.
Quidam ludunt, quidam bibunt,
quidam indiscrete vivunt.
Sed in ludo qui morantur,
ex his quidam denudantur
quidam ibi vestiuntur,
quidam saccis induuntur.
Ibi nullus timet mortem
sed pro Baccho mittunt sortem.
Primo pro nummata vini,
ex hac bibunt libertini;
semel bibunt pro captivis,
post hec bibunt pro captivis,
quater pro Christianis cunctis,
quinquies pro fidelibus defunctis,
sexies pro sororibus vanis,
septies pro militibus silvanis.
Octies pro fratribus perversis,
nonies pro monachis dispersis,
decies pro navigantibus,
undecies pro discordantibus,
duodecies pro penitentibus,
tredecies pro iter agentibus.
Tam pro papa quam pro rege
bibunt omnes sine lege.
Bibit hera, bibit herus
bibit miles, bibit clerus,
bibit ille, bibit illa,
bibit servus, cum ancilla,
bibit velox, bibit piger,
bibit albus, bibit niger,
bibit constants, bibit vagus,
bibit rudis, bibit magus.
Bibit pauper et egrotus,
bibit exul et ignotus,
bibit puer, bibit canus,
bibit presul et decanus,
bibit soror, bibit frater,
bibit anus, bibit mater,
bibit ista, bibit ille
bibunt centum, bibunt mille.
Parum sexcente nummate
Durant, cum immoderate
bibunt omnes sine meta.
Quamvis bibant mente leta,
sic nos rodunt omnes gentes,
et sic erimus egentes.
Qui nos rodunt confundantur
et cum iustis non scribantur.

Top Letras de Carmina Burana

  1. In Taberna quando sumus (tradução)
  2. Oh Fortuna (tradução)
  3. Fortune plango vulnera (tradução)
  4. Omnia Sol Temperat (tradução)
  5. Veris leta facies (tradução)
  6. Amor volat undique (tradução)
  7. Ameno
  8. Ego sum abbas (tradução)
  9. Ecce Gratum (tradução)
  10. Amor volat undique