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Homem Só

Zeca Baleiro

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Meu amor gastei em sonhos sem futuro
Esperanças vãs reduzidas a pó
Minha luz desperdicei agora escuro
Solidão é o que resta a um homem só

Eu sou a multidão sem alma
Multiplicando multidões
A dor dos corações sem calma
Velando a morte das paixões

Ilusão foi meu viver tolo e cigano
Só agora é que posso olhar pra trás
Como um Cristo demasiadamente humano
Ódio a Judas, inveja de Barrabás

Eu sou a multidão sem alma
Multiplicando multidões
A dor dos corações sem calma
Velando a morte das paixões

Os poemas que escrevi joguei ao vento
Meu horário de verdades fugidias
Grita aflita das palavras vão tormento
E o carvão tornado cinza pelos dias

Eu sou a multidão sem alma
Multiplicando multidões
A dor dos corações sem calma
Velando a morte das paixões

Eu sou a multidão sem alma
Multiplicando multidões
A dor dos corações sem calma
Velando a morte das paixões

Eu sou a multidão sem alma
Multiplicando multidões
A dor dos corações sem calma
Velando a morte das paixões

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