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Adeus Segunda-feira Cinzenta

Zé Ramalho

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Cachorro latindo, chorando sem pai
O tempo mentindo que o vento do norte não sabe soprar
O mar se levanta com tal desespero
Que eu penso que a terra não sente a cratera
Querendo lavar
Levar a cabeça pro fundo do mar
E ver que essa areia de grãos tão pequenos
É chão de um país
Que foi que eu fiz pra não merecer
Um beijo mais quente que a boca do povo viria dizer
Dizer que me amas, que és meu amor
Mas onde procuro, a côr desse olho é denso negror
É como o bafejo da hidra de sal
Dragões do meu sono, que rasgam anúncios na televisão
Eu tenho um espelho cristalino
Que uma baiana me mandou de maceió
Ele tem uma luz que alumia
Ao meio - dia reflete a luz do sol

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