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Poeta e Bandido

Zé Geraldo

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As tardes sempre fagueiras
Pra quem tanto procurou
Viadutos, pontes, porteiras
O sonho só começou
A força da feiticeira
O meu caminho cruzou

O porte, doce rainha
O jogo, sempre joguei
Faço dessa prenda minha
Desse encontro faço lei
Já que o reinado avizinha
Se não fui, não sou, serei
Seu rei

Se menina, estrela na testa
Se mulher, fogo incontido
Sou rico do que não presta
Sou pobre caso perdido
Seu olhar me faz poeta
Seu corpo me faz bandido

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