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Sangue e Areia

Vicente Celestino

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Manolo quando entrou na arena
Na tarde serena
De sol e verão.
Sentiu um olhar
Orvalhar!
-As flores de sonho do seu coração.
Feliz, para a luta vivendo,
Guardando nos lábios um beijo de amor,
Não viu o destino tecendo:
-A história sentida de mais uma dor.

Ao surgir o feroz animal,
Belo touro de muito valor,
Uma forte canção triunfal
Envolveu o gentil toreador
No balcão, na penumbra de um véu,
Um sorriso de amor e paixão
Transportou para perto do céu
Um amante e feliz coração.

Mas, a morte chegou numa flor,
Uma rosa vermelha e fatal,
Escrevendo um romance de dor
Fim de festa cruel e mortal.
Pois, Manolo a rolar pelo chão,
Sobre a areia, sangrando ficou...
E no cofre da rosa em botão,
-O seu último beijo guardou.

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