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O Pinhal

Vicente Celestino

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Recendendo aroma e graça
A aurora, sorrindo, passa
Vem do banho matinal
E, compondo os véus doirados
Torce os cabelos molhados
Nas clareiras do pinhal

Tocam-se os ramos
De ouro e rubis
O pinhal canta
Moço, feliz

Manhã clara: Sol no oriente
O lenhador diligente
Ouve-se ao longe a cantar
E os pinheiros mais antigos
Curvam-se para os amigos
Num dolente ramalhar

O pinhal geme
Geme de dor
Ante o machado
Do lenhador

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