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A Estância do meu Pai

Teixeirinha

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Nunca pensei que um dia eu voltaria
Lá na estância rever a casa amarela
Entrar na porta e olhar peça por peça
Me debruçar no parapeito da janela

Vi o terreiro que eu brinquei quando criança
O arvoredo carregadinho de flôr
Os campos verdes o açude aonde eu pescava
A vizinhança e o meu primeiro amor

Os passarinhos aí
Cantando alegre aí
Só eu não vi a minha irmã
E o meu irmão minha mãe do coração
E o meu querido pai

Eu perguntei para o capataz da estância
Já bem velhinho custou a me reconhecer
Seus pais morreram seus irmãos foram embora
Isto é tudo que eu tenho prá lhe dizer

Eu já sabia que os meus pais tinham morrido
Só não sabia que os meus irmãos foram embora
Voltei de novo a vestir minha bombacha
Chapéu e lenço minhas botas e o par de espóra

Montei de novo aí
Outro cavalo aí
Não voltei mais prá minha casa
Na cidade para dar continuidade
Na estância do meu pai

Remodelei toda a estância novamente
Planto arroz e crio gado charolês
Meu pai no céu agora descansa em paz
Por ver seu filho refazendo o que ele fez

Os meus irmãos não querem mais a estância
Comprei as partes fiquei de dono sozinho
Reconquistei a minha antiga namorada
Ela e a estância retomaram o meu carinho

Adeus cidade aí
Viver de louco aí
Um casalzinho de gêmeos
Veio outro dia aumentou minha alegria
Na estância do meu pai.

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