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De Barcos e Névoas

Oswaldo Montenegro

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De madrugada o barco some do cais da neblina
Oh meu amor, se lembre da gente sem mágoa
Sem águas do passado, umedecendo a crina
Dos alasões futuros ainda não amansados
Outras paixões encharcam o olho mas minha retina
Conserva o lago onde você deságua
Eu descobri que uma paixão termina
Se a gente quiser saber quando acaba
Oh meu amor, quando é que o amor termina?

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