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Um bagual corcoveador

Osvaldir e Carlos Magrão

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A tropa vinha estendida
Pastando no corredor
Eu empurrava a culatra
E também fazia fiador
Num bagual gordo e delgado
Arisco e corcoveador
Que se assustava na estaca
E da sombra do maneador
É brabo a vida de um taura
Que só trabalha de peão
Nisso uma lebre dispara
Debaixo de um macegão

Meu pingo só deu um coice
Escondendo a cara nas mãos
Saiu sacudindo o toso
E cravou o focinho no chão
Tentei levantar o freio
Mas era tarde demais
Eu vi uma poeira fina
Formando nuvens para trás
Berrando se foi a cerca
E cruzou pro lado de lá
Parecia uma tormenda
Cruzando em massambará
Se enganchava nas esporas
Sobre a volta do pescoço
Cortando couro com pêlo
E tirando lasca de osso
Naquele inferno danado
Bombiei pro meu cebolão
Regulava quatro e pico
Numa tarde de verão

Senti a força do vento
Me arrancando dos arreios
E aquele bicho parecia
Que ia se rasgar no meio
Deixei manso e dei confiança
Montaria de patrão pois honro
O nome que carrego
Me orgulho de ser peão

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