Letras Web

Alma Doente

Olivar Barreto

10 acessos

Ó! Porque não fui eu simples bloco de mármore,
Que talhado a cinzel ingressasse na história,
E na eterna mudez de venerada estátua,
Evocasse, silente, almo sonho de glória
Dum artista de fama!

Então, ao vendaval da transitória vida,
Passará indiferente e calmo a senda inglória,
Rumo da eternidade,
Não tendo a me queimar a pálpebra marmórea
A lágrima dorida,
Nem tendo a cruciar-me o peito esta saudade,
Nem a dor que devora a tristehumanidade
Feita de luz e lama:
- Porque a pedra não vive e não pensa e não chora,
Porque a pedra não sonha e não sofre e não ama!

Top Letras de Olivar Barreto

  1. Mãe Maria
  2. Saudade da Maria
  3. Última Oração
  4. Canção Antiga
  5. Merenguêra
  6. Urgente
  7. Pacará
  8. Mesa de Bar
  9. Alma Doente
  10. Deus