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Jornal Cantado

João Nogueira

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O amor anda escasso de ternura
A saúde pior não há de estar
Sua mesa tá rica de fartura
A manchete do dia diz que está
Dois presuntos pintaram em Cascadura
Desovaram mais doze no Tanguá
Quatro doces na face da candura
Oito balas na boca na babá
Escorria melado a tanajura
Pela baba da moça do Tauá
Eh, malandro, sai prá lá
Quem falou que a coisa é pura
Não sabia o que falar
Cuidado que a cana é dura
E a sujeira vai pintar
Inventaram a borracha da cultura
E apagaram a memória nacional
Deram um rabo-de-arraia na estrutura
Dança rock no pais do carnaval
Olha só o que deu dessa mistura
As mulheres de terno de tergal
Os meninos na de corte e costura
As meninas jogando futebol
Ontem foi a explosão dessa loucura
Um rapaz deu a luz no Vidigal
Eh, malandro, sai prá lá
Quem falou que a coisa é pura
Não sabia o que falar
Cuidado que a cana é dura
E a sujeira vai pintar
Extraíram a antiga dentadura
É a mais nova noticia do jornal
Que comia voraz a rapadura
E meu povo assistia da geral

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