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Pousada de Boiadeiro

João Carreiro e Capataz

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Eu recordo com muita saudade a fazenda onde me criei

A escola coberta de tábua e a professorinha com quem
estudei

Meu cavalo ligeiro de cela e as estradas que nele eu
passei

Tudo isso me vem na lembrança do tempo da infância que
longe eu deixei aí

Eu dançava nos fins de semana os bailinhos do velho
matão

O matungo pousava no toco seguro nas rédeas
manoqueando o chão

A sanfona gemia num canto com viola pandeiro e violão

Minha dama encurtava os passos sentindo o compasso do
meu coração aí

Esse tempo já vai bem distante tudo tudo na vida
mudou

O piquete das vacas leiteiras cobriu-se de mato enfim
se acabou

Os parentes mudaram de rumo e ninguém sabe também onde
estou

Despedi-me numa madrugada seguindo a estrada que Deus
me traçou aí

Adeus conceição do monte alegre adeus povo do bairro
cancã

Adeus pousada de boiadeiros abrigo dos peões de
echaporã

Lá reside o césar botelho que demonstra ser meu grande


Com saudade de todos vocês eu volto talvez num outro
amanhã aí

Desculpe se eu não falei de outras terras que andei

Lá pras bandas de argincê, são mateus também santa
ida

Daquela gente querida eu nunca vou me esquecer

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