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Abrigo

Jay Vaquer

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Não sou a lombriga que a sua barriga abriga
Ninguém me obriga a entrar numa briga
E derramar sangue em nome de um Deus que me diga: Me siga
E eu consiga aceitar

Não sou a lombriga que a sua barriga abriga
Ninguém me obriga a entrar numa briga
E derramar sangue em nome de um Deus que me diga: Me siga
E eu consiga acatar

Vá se catar
Vá catar coquinho pra lá
Oxalá, Buda, Alah
O que não tem salvação, salvo já está

Vou me catar
Vou catar coquinho pra cá
Jah, Adonai, Jeová
O que não tem salvação, salvo já está

Não sou a lombriga que a sua barriga abriga
Ninguém me obriga a entrar numa briga
E derramar sangue em nome de um Deus que me diga: Me siga
E eu consigo aceitar

Não que eu não saiba respeitar o sagrado que existe na diferença
Mas quando vejo a cegueira de quem prefere não ver
Só mudando o nome da doença

Parem de profanar o meu santo saco
Profanar o meu santo saco
Parem de profanar o meu santo saco
O meu santo saco

Se ele for, caso seja pra ser
O fato é que ele fita a foto do feto
O fato é que ele fita a foto do feto
É que ele fita a foto do feto
É que ele fita a foto do feto
O fato é que ele fita a foto do feto
É que ele fita a foto do feto
É que ele fita a foto do feto

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