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África!...
Negro é o sangue desse chão
Terra dos yorubás
Cabaça da vida que acolhe a criação
Em meus animais sagrados
Por meu povo cultuados
Sinto a presença de meus ancestrais
Sou lanceiro, guerreiro
Feiticeiro e caçador
Sim, sou filho do "awô"!
Tem batuque, tem magia (ôI!..), a noite inteira
O negro canta, na dança levanta poeira
E nos braços de "olocum", cruzei o mar
Com as bençãos de meus orixás
Na fé em "olorun", a liberdade
O nosso "ylê axé" virou realidade
"Ayê lujara, omnira!"
Mãe baiana recebia no terreiro de iaiá
Só assim, sinto novamente aquele abraço
Entre os irmãos aquele laço
Sem preconceito e sem distinção
Sou candomblé, sou brasileiro e sambista
Todas as cores e tribos na pista
Numa só voz e num só coração
Ao som do tambor, meu sangue é nagô
Canta, união! Jacarepaguá vem exaltar
A nação yorubá!