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Cinco Comparações

Gildo de Freitas

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Cinco Comparações

Sou gaúcho e me comparo com uma argola de laço
Saio da mão do patrão me esparramando no espaço
Voar na guampa do bicho sem receber um chifraço
Eu tenho outros valores sou o rei dos trovadores não é só isso que eu faço

Eu também sou que nem faca na mão do homem valente
Que para certos contrários se torna meia imprudente
Se vai trocando de mão e avançando pra frente
É a chave de respeito e abre a porta no peito do coração do vivente

Também sou que nem revolver marca do lado direito
Que anda sempre azeitado para sinal de respeito
Arma forte e perigosa no coração do sujeito
É marca grande sem medo que só no puxar do dedo já deixa o defunto feito

Eu também sou que nem cachorro amigo de estimação
Que o dono dorme no leito e seu amigo no chão
E nas horas de perigo está sempre de prontidão
E pouco se considera que ele se avance numa fera para defender seu patrão

Também sou que nem a cinta que foi feita pra servir
A companheira da calça que o homem têm que vestir
Para qualquer um lugar que o homem tiver que ir
Ela aperta na barriga em qualquer susto de briga não deixa a calça cair

Mas também sou um poeta que trouxe o dom natural
Que faz da memória um canto e faz do verso bagual
Com debelaria de touro tratado na capital
Já vivem trocando orelha pra ver se fazem parelha mas porém não fazem igual

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